segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Carlos H. Cony


   Carlos Heitor Cony nasceu em 1926. Recebeu o Prêmio Jabuti duas vezes, por seus romances Quase memória e A casa do poeta trágico, em 1996 e em 1998, respectivamente, ambos também considerados pela Câmara Brasileira do Livro como “O melhor livro do ano”, nas datas de suas premiações. Alguns escritores passam por longos e angustiantes períodos de silêncio que servem, entretanto, para a maturação da obra que virá a seguir. Foi assim com Rilke e Valéry. Depois de 23 anos sem publicar, um dos jornalistas, cronistas e romancistas mais respeitados do país retornou aos livros, arrebatando atenções e diversos prêmios literários com uma "quase memória", ou seja, uma narrativa que, apesar de memorialística, não se quer apenas como testemunha do passado. O destino universal do ser humano, abordado através da vida da classe média urbana em um momento de desvalorização de todos os valores, é a preocupação fundamental de Carlos Heitor Cony. 
Como atualmente nenhuma aventura se faz possível, a matéria romanesca se esvazia, restando uma visão desconsolada, pessimista, meio machadiana, meio à Dostoiévski, mas repleta de forte pulsão lírica e com uma ironia e um humor que levam o leitor a momentos de raro prazer, mesmo quando o tema abordado é a hipocrisia, a deterioração espiritual, a insensibilidade, a desintegração familiar ou a imoralidade.
Principais Obras


A casa do poeta trágico
  Quase memória
O irmão que tu me deste



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