Carlos Heitor Cony nasceu em 1926. Recebeu o Prêmio Jabuti
duas vezes, por seus romances Quase memória e A casa do poeta trágico, em 1996
e em 1998, respectivamente, ambos também considerados pela Câmara Brasileira do
Livro como “O melhor livro do ano”, nas datas de suas premiações. Alguns
escritores passam por longos e angustiantes períodos de silêncio que servem,
entretanto, para a maturação da obra que virá a seguir. Foi assim com Rilke e
Valéry. Depois de 23 anos sem publicar, um dos jornalistas, cronistas e
romancistas mais respeitados do país retornou aos livros, arrebatando atenções
e diversos prêmios literários com uma "quase memória", ou seja, uma
narrativa que, apesar de memorialística, não se quer apenas como testemunha do
passado. O destino universal do ser humano, abordado através da vida da classe
média urbana em um momento de desvalorização de todos os valores, é a
preocupação fundamental de Carlos Heitor Cony.
Como atualmente nenhuma aventura
se faz possível, a matéria romanesca se esvazia, restando uma visão
desconsolada, pessimista, meio machadiana, meio à Dostoiévski, mas repleta de
forte pulsão lírica e com uma ironia e um humor que levam o leitor a momentos
de raro prazer, mesmo quando o tema abordado é a hipocrisia, a deterioração espiritual,
a insensibilidade, a desintegração familiar ou a imoralidade.
Principais Obras
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A casa do poeta trágico |
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Quase memória |
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O irmão que tu me deste |
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